5 de junho de 2011

O que penso?

Muitas pessoas indignadas com Thor Batista, depois de sua entrevista publicada em revista semanal. Para quem não leu, entre outras coisas das quais ele se jactou, destaco: nunca leu um livro por inteiro; gasta R$ 6.000,00 numa noite de balada, e acha pouco; tem um carro, presente do papai, que custou R$ 1.300.000,00; passeia pelo país em helicópteros ou jatinhos do pai; não concluiu o curso secundário de forma regular, tendo que fazer supletivo.
As pessoas estão surpresas pelo fato do garotão de 45 cm de bíceps e 4 gramas de cérebro ser filho do Eike Batista e neto de um grande empresário e empreendedor - Eliezer Batista -  responsável pelo sucesso da Cia. Vale do Rio Doce.

Ora, minha gente, esqueceram que ele é filho de Luma de Oliveira? O que eu tenho contra a Luma? Uma grande mágoa por nunca ter me dado. Não agora que estou com 71 anos, mas quando ela estava com a carroceria inteira e pedalava no calçadão de Icaraí, há 25 anos.

O que eu penso do ministro Palocci é de que se trata de um amador, tão trouxa quanto o português assaltante da piada. O patrício da piada entra no banco se dirigi ao caixa e sussurra “passa-me cá todo o dinheiro que tens”. O caixa empilha todo o dinheiro que tinha e coloca diante do assaltante. Feito isto, ao invés de pegar o dinheiro, o Nuno (assim se chamava o português)*, determina: “agora deposites em minha conta”.

O Antonio Palocci fez algo parecido. Ofereceu sinais exteriores de riqueza suspeita comprando imóvel de R$ 6.000.000,00. Em alguns filmes cujo roteiro é baseado em assaltos ou roubos, os bandidos combinam entre si, que ninguém deve a curto prazo sair gastando para não chamar atenção. O ministro parece não gostar de ficção.

A recusa dele em revelar os nomes dos clientes, tem a ver com ética ou sigilo profissional? Duvido. Tem mais a ver com ocultação de pistas de tráfico de influência, utilização de informações privilegiadas e corrupção.

A torcida vaiou a seleção brasileira, no Serra Dourada. Não sei porque. Esperavam goleada e revanche em cima da Holanda? Precisamos aprender, de uma vez por todas, que não temos o melhor futebol do mundo faz tempo. Temos alguns dos melhores jogadores. E só.

O ex- presidente está fazendo um périplo pelo circuito Helena Rubinstein dos pobres e ignorantes. Quando era presidente, poderíamos até admitir, ad argumentandum tantum, que fizesse política de aproximação com os países do cone sul. Mas agora, visitar Castro e Chavez dá bem uma idéia do quanto Lula ainda é um populista inculto e desmiolado. E quer ganhar dinheiro como palestrante. E perceberam como ele ainda se acha o maior mandatário do país? A presidente que se cuide. Lula ainda acha que é “o cara”.

O que penso de Fernando Haddad é impublicável. Sob sua gestão no Ministério da Educação, não souberam organizar uma prova de Enen sem que houvesse vazamento de dados; prepararam uma cartilha que sob o rótulo de anti-homofóbica faz apologia e propaganda a favor do homossexualimo (não sou eu que digo, é a presidente) e, como cereja no seu bolo de besteiras, aprova o livro que ensina que se pode dizer “os livro”.

And last but not least, acho que os bombeiros conseguiram transfomar uma reivindicação justa - afinal salário de R$ 950,00 é bem baixo - numa baderna, insubordinação, indisciplina, motim, o que os levará a julgamento sob leis militares. E sempre achei que levar mulheres e criança para estes atos é covardia. Assim faziam, desde os primeiros movimentos grevistas, os operários do ABC, e ainda fazem os sem-terra (e sem miolo). Colocam as crianças como escudos e, havendo vítima, tanto melhor porque um mártir comove mais a população. Covardes e inescrupulosos.

* em pesquisa pessoal realizada em Portugal, apurei que ao contrário do que imaginava, os nomes Manoel e Joaquim não são os mais comuns: Nuno e José foram os nomes que mais encontrei. Ou então os Manueis e os Joaquins estão todos no Brasil e nas piadas.

4 comentários:

Jorge Carrano disse...

Acabo de ler, n'O Globo, a coluna do João Ubaldo Ribeiro. Sensacional!
Ele criou a figura do bipresidencialismo, ou seja, dois presidentes, em lugar de um só.
Como nem todos são leitores do jornal, vou sintetizar:
"É por isso que ela faz tanta questão de ser chamada de presidenta, eles já deveriam ter combinado. Presidente é ele, presidenta é ela. Governante é ele, governanta é ela.
O entrosamente é perfeiro, ele não suporta trabalhar e ai todo o trabalho de despachar, ler, discutir, ela faz. Das jogadas políticas, dos discursos, das viagens e das mensagens na TV ele cuida. Fica perfeito, como o casal que não briga pelo pão porque um gosta do miolo e o outro da casca."

Irônico e mordaz, o texto é ótimo. Pertinente e tempestivo.

Jorge Carrano disse...

Começo a achar que o ministro Palocci tem, de fato, "culpa em cartório".
Em visita, hoje, ao país, o Presidente Hugo Chaves, cumprimentou Palocci com as seguinte palavras: "fuerza,fuerza".
Para mim é o quanto basta. Chavez não seria solidário com um homem íntegro.

Carlos Frederico disse...

O rumo que as coisas estão tomando no Brasil me desespera. Como representante de uma elite relativamente intelectualizada, sinto que o destino que está sendo traçado para nós é, no mínimo, assustador.
Atolados na massa ululante, cercados de nulidades, governados por gente criada segundo os atuais parâmetros de virtude (?), honestidade (?) e saber (zero), vamos sucumbir...

Jorge Carrano disse...

O Antonio Palocci acaba de pedir o boné. Acho que não lhe restava alternativa. Provavelmente vai enriquecer mais ainda... dando consultoria.
Com as informações privilegiadas de que dispõe e as ligações que possui vai ser um sucesso.