31 de julho de 2011

Minha geração

Depois da digressão do último post, e dos comentários complementares do Carlos March, vou dissertar  um pouco sobre hábitos, costumes, prazeres, alegrias e frustrações da minha geração. Somos os nascidos durante o conflito mundial, entre 1939 e 1945, que vivemos sob os efeitos do pós-guerra, quando o mundo experimentou uma significativa mudança geo-politica-econômica.

Seleção de 1950
(veja legenda ao final)
 A primeira frustração que me ocorre, foi a perda do campeonato mundial, disputado no Brasil, em 1950.

Tínhamos a melhor equipe, na época dizia-se que tínhamos o melhor scratch, e tínhamos mesmo, embora a equipe uruguaia, que acabou vencedora não fosse nada fraca. Mas além de um bom team, tínhamos mais de 150 mil vozes e corações torcendo por nós no Maracanã. E nos bastava o empate, pelos critérios de disputa então vigentes, e fizemos o primeiro goal... e os uruguaios viraram o placard para 2X1. Não estava lá, mas estive no jogo anterior, quando ao som de "Touradas em Madrid", liquidamos a Espanha por 6X1. Meu pai e amigo dele, de nome Américo, revezaram-se em me colocar sobre os ombros, tal o número de torcedores que assistiam a partida em pé. Era uma multidão como eu jamais havia visto.

Muito choro e muitas lamentações. Para o menino de 10 anos uma tristeza só. Quem viu Zizinho, Ademir e Jair, viu, quem não viu jamais poderá avaliar o poderio, a classe e a eficiência deste trio ofensivo.

Levamos 8 anos cicatrizando as feridas, até que a mesma geração viu Pelé, Garrincha e Vavá, que lavaram nossa alma e alegraram nossos corações. E vimos nascer o maior jogador de futebol de todos os tempos.

Martha Rocha

Martha Rocha

Minha geração torcia por misses. Os concursos estaduais e o nacional para escolha da Miss Brasil eram concorridíssimos. Um programa interessante. E formávamos torcidas, por esta ou aquela candidata. A eleição final era no Maracanãzinho lotado.

Nesta época era “in”, era “up to date” ler O Pequeno Prinipe, obra de Saint-Exupéry Exupéry, em função do enorme sucesso da obra entre os jovens e também entre os adultos, que enxergavam ótimos conceitos filosóficos na história do diminuto monarca.

Em conseqüência, as misses, quase todas, nas entrevistas, diziam ter lido O Pequeno Príncipe. E desde então é um estigma que persegue as misses: o de serem leitoras d’ O Pequeno Príncipe. Mas aplicado pejorativamente.
Liceu Nilo Peçanha
Niterói

Emblema do Liceu

Com efeito o livro tem conceitos muito interessantes e até hoje vem granjeando prestígio e se revelando campeão de vendas (recentemente esteve, de novo, na lista do 10 mais vendidos durante semanas).

Eu estudava no Liceu Nilo Peçanha, e alguns colegas achavam chic dizer que estavam lendo o livro pela segunda vez, agora nas entrelinhas. Como a quererem sublinhar que algumas mensagens contidas na obra não eram muito explícitas e precisavam de reflexão e atenção maiores.


Albert Einstein

No mundo acadêmico/científico, a novidade, o tema mais polêmico e repleto de dúvidas, incertezas e discussõses, ainda era a Teoria da Relatividade e quem sabia a fórmula e sua reprentação, se destacava no Liceu. Impressionava tanto quanto saber dissertar ou discutir  física quantica na virada deste século.



Tom Mix

Minha geração torcia muito por Roy Rogers e Tom Mix, “mocinhos” (cowboys) famosos da época, nas telas cinematográficas e nos gibis (revistinhas de histórias em quadrinhos).

Sala de cinema


Minha geração de meninos e adolescentes pagava os ingressos nos cinemas para as namoradinhas. Ou tínhamos o dinheiro pra a “entrada” ou não íamos. Imagina convidar para o cinema e não poder pagar?

Roy Rogers



Também não admitíamos deixar a companhia feminina, fosse a namorada, fosse uma irmã, fosse a mãe, no lado da calçada próxima a rua (via de rolamento). A mulher do lado esquerdo do homem poderia significar disponibilidade. Estranho? Você ainda não viu (ou leu, no caso) nada!


Minha geração era sacana, sem caráter, loleque. Se flagavamos a menina aos beijos e amassos com um colega, vinha a chantagem: “se não me der também, vou contar para todo mundo”.


Ava Gardner

Lana Turner


Minha geração homenageava Ava Gardner e Lana Turner, da formae elegante como Martinho  da Vila descreve na música Ex-amor: "eu me possuo e é na sua intenção".


.

Minha geração jogava pelada, nas ruas. Brincava de pique, escambida e carniça. E sempre escolhia a uva, na famosa brincadeira de “pera, uva ou maçã” quando o colega que nos vendava os olhos sussurrava que era uma menina bonita. A uva correspondia a ganhar um beijo. A pêra um cumprimento e a maçã um abraço. Olha a molecagem e a trapaça de novo.

Abrir a porta do automóvel para as damas, levantar do assento no ônibus para ceder o lugar a uma mulher (jovem ou velha), carregar as sacolas e embrulhos mais pesados e outras gentilezas fora de moda, pratiquei ao longo da minha e também das gerações que se seguiram. Hoje isto é reputado como cafonice ou, pior, babaquice.

Havia um policiamenro ostensivo de rua, através de uma dupla de policiais fardados, apelidados de Cosme e Damião, numa alusão aos gêmeos, santos da igreaj católica, também cultuados na umbanda. As ruas eram muito mais seguras e tranquilas do que hoje, menos pela presença da polícia (que até era eficiente), mas porque a violência não estava tão disseminada e os marginais de rua limitavam-se a furtar as carteiras dos incautos. Estes ladrões (não assaltantes) eram chamados punguistas.

Os homens adutos precisavam portar a carteira profissional (de tabalho) sob pena de detenção "para averiguações". A vadiagem era crime.

"Se me der na telha", expressão daquela época, um dia falarei do que comiamos, o que assistiamos no cinema, dos parques de viversão e dos ursinhos de pelúcia que ganhei no tiro ao alvo, nos circos, inclusive o que incendiou, e do início da TV no Brasil.

Quem tiver curiosidade de saber mais sobre esta seleção nacional, clique no link a seguir e terá um belo documento da época:
http://books.google.com.br/books?id=QlmQwkYLq74C&pg=PA18&lpg=PA18&dq=scratch+nacional+de+1950&source=bl&ots=_DKqSujB3L&sig=5JZLnA1CiL7WthMn9ibwp_FMSPA&hl=pt-BR&ei=c2U0Tv-fL8q10AGDn62ADA&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CB4Q6AEwAQ#v=onepage&q=scratch%20nacional%20de%201950&f=false


* Escalação da equipe brasileira na foto: Barbosa, Augusto e Juvenal; Bauer, Danilo e  Bigode; Friaça, Zizinho, Ademir , Jair e Chico. (a moda do esquema da época, chamado WM)

Fotos: Google imagens













30 de julho de 2011

Gerações

Lí, ou ouvi, que modernamente entende-se por geração, sob o ponto de vista sociológico e antropológico, o lapso de tempo de 14 anos. Em outras palavras, a cada 14 anos teríamos uma nova geração.

Logo, aos 71 anos de idade, já vivo ao longo de 5 gerações e pouco. Para marcar o início da primeira, poderíamos dizer que sou da pós-guerra. Da Segunda Grande Guerra, aquela que acabou quando eu tinha 5 anos de idade.

No outro dia fiquei sabendo que são chamados de geração “Y”, os nascidos após 1980. Esta geração que sucedeu  a "X", também seria a "do milenio" ou "da internet".

Fui a dicionários e enciclopédias em busca de um bom conceito, com fundamentos acadêmicos. Para minha surpresa já estaríamos na geração “Z”. Foram os avanços tecnológicos mais recentes que determinaram início e fim de gerações. Mas vamos aos significados disponíveis em dicionários:

Geração: O espaço de tempo (aproximadamente 25 anos) que vai de uma geração a outra.


Outros significados não muito distintos:

Geração: s.f. Ato de gerar ou ser gerado. Função pela qual os seres organizados se reproduzem.  Série de organismos semelhantes que se originam uns dos outros. Linhagem, ascendência, genealogia. Espaço de tempo que separa cada grau de filiação: cada século compreende cerca de três gerações. Qualquer fase necessária para manter a sobrevivência de uma espécie. — Uma etapa da descendência natural deve ser seguida por outra. Por exemplo, os pais representam uma geração, os filhos representam a geração seguinte. Considera-se como período de tempo de cada geração humana cerca de 25 anos.

Fiquei mais confuso do que estava. Se, como conceituado, o período de tempo de cada geração humana é de 25 anos, isto nem sempre será compatível com outro significado no sentido de que os pais representam uma geração e filhos a seguinte.

E as muito comuns uniões mais jovens, das quais resultam prole? Neste caso, os filhos seriam da mesma geração dos pais, se quando do nascimento daqueles estes não tivessem completado ainda 25 anos?

Está certo que se marido e mulher, ou companheiro e companheira, tornam-se pais aos 15, 16 anos, seus filhos não encontrarão um mundo muito diferente a ponto de existirem mudanças radicais de hábitos, costumes, cultura e valores éticos e morais.

Será que não? É pergunta mesmo, pois tenho dúvidas.

Se a internet, os tablets, o smartphone e outras parafernálias tecnológicas são marco de gerações, então, considerando a velocidade com que aparelhos se tornam obsoletos e ferramentas ou programas virtuais entram e saem de moda rapidamente, poderíamos entender que a cada 10 anos, e estou sendo parcimonioso, mudamos de geração. As crianças que nascerão (nascerão?) d’aqui a 10 anos encontrarão o mesmo ambiente tecnológico? Aposto que não.

Com os avanços da medicina e das pesquisas científicas, principalmente com células tronco, o  homem poderá viver por 150 anos, com razoável qualidade de vida, segundo matérias veiculadas na imprensa com embasamento científico.

Voltando ao início deste post, admitindo minha santa ignorância sobre esta matéria, inclino-me a aceitar que geração seria um decurso de tempo correspondente a 14 anos. Biologicamente não haveria dúvidas, pois aos 14 anos homens e mulheres estão aptos para gerar filhos.

Outrossim, aqueles que entendem que pais e filhos separam gerações também teriam suas teses validadas. E nos campos da ciência e da tecnologia, em 14 anos muita coisa muda mesmo.

No próximo post falarei da “minha geração”. Não direi “no meu tempo”, pois segundo meu filho meu tempo é agora enquanto estou vivo. Geração paz e amor.

29 de julho de 2011

Viúvas da Soletur

Primeiro a explicação. Soletur era uma (boa) operadora de turismo, com vasta experiência no exterior.


Tinha uma boa carteira de clientes, alguns cativos, que viajavam com razoável frequência. Eram viúvas, pensionistas e aposentadas, e casais também aposentados, que aproveitavam a infraestrutura que a Soletur oferecia. Bem, não eram só pensionistas e velhos que eram clientes da firma citada, também jovens casais em lua de mel, e grupo de amigos de uma mesma cidade. E preguiçosos como eu.


Com a inexplicável e surpreendente falência da Soletur, aquelas senhoras, viúvas, aposentadas e pensionistas, passaram a ser apelidadas de “viúvas da Soletur”. Foram elas as pessoas que mais lamentaram. Com efeito elas eram alvo de atenção e cuidados dos diligentes guias da Soletur.

De certo modo, sou um viúvo.


Viajei através deles em não mais do que duas oportunidades, e também lamentei seu fechamento.


Há quem torça o nariz para excursões e quem faça restrições. OK, estes têm lá suas razões. Mas existem algumas vantagens, principalmente para idosos e pessoas que não dominam outros idiomas. E comodistas. Que é o meu caso.


Ora, a operadora oferecia um serviço de apoio muito eficiente. Só não ter necessidade de se preocupar com check-in, traslados, reservas e compras de tickets para shows e museus já vale a pena.


Saber que na hora de ir embora do hotel ou da cidade, basta colocar as malas na porta do apartamento e esquecer o assunto porque alguém irá recolhe-las e embarcar no veículo que fará o traslado para o aeroporto é muito cômodo. E, estando lá, já  receber  em mão a passagem, com assento marcado, é muito bom.


A Soletur não oferecia excursões, na acepção da palavra. Compravam-se pacotes, que incluíam as passagens aéreas, hotéis (sempre de bom padrão), traslados de aeroporto para hotel e vice-versa e, ainda, alguns programas nas diferentes cidades do roteiro, como apresentações folclóricas e refeições em restaurantes com comida típica. E os clássicos citytour.


Louvre
Moulin Rouge
Você poder assistir show no Moulin Rouge recebendo o ingresso em mãos, para o mesmo dia, ou visitar o Louvre, sem ter que enfrentar fila para comprar o ingresso, vamos combinar que é uma comodidade.

Vaticano
Museu do Vaticano
Conhecer o Vaticano com um guia para acompanhar a visita ao museu e à basílica de São Pedro, com todas as explicações básicas, também facilitava sua vida.


Eles tinham guias próprios para recepcionar os viajantes já nos aeroportos e providenciar o traslado pra o hotel, que já estava reservado e, em geral, o check-in era facilitado, sem necessidade de depósitos ou cartão de crédito.


Além disso, sempre contratavam um guia profissional local, falando português ou portunhol, para o indefectível citytour e visitas a castelos e igrejas.

Budapeste,um das pontes,
 que ligam Buda a Peste
Vamos admitir que em Budapeste, por exemplo, sem um guia local que arranhasse o português era dificílimo conhecer bem a cidade (hoje muita gente já fala inglês nas cidades do chamado leste europeu).

Tinha inconveniente? Claro que tinha alguns. Mas nada que não pudesse ser administrado.


Em primeiro lugar a rigidez dos horários. Se o guia marcava um certo passeio às 8 horas da manhã, era bom estar às 8 no saguão, sob pena de perder o programa.

Porcela de Meissen
Outro inconveniente é que alguns passeios oferecidos e incluídos no preço do pacote podiam até ser interessantes, mas tinham um caráter comercial de interesse do guia que ganhava comissão. Por exemplo, a visita a fábrica de porcelana, em Meissen, na Alemanha, era um programa interessante, mas durava pouco a visita e em seguida as pessoas eram levadas para o showroom e área de vendas. É assim em toda parte, inclusive no Brasil. Se você programa passeios pela Serra Gaúcha e contrata agência, mesmo local, para passeios, inevitavelmente irá parar na Tramontina, em Carlos Barbosa, para compras. Não que a Tamontina não mereça uma visita até porque é uma empresa que nos enche de orgulho pelo tamanho de seu parque industrial, número de itens fabricados e qualidade dos produtos, mas a nossa curiosidade tem a contrapartida do interesse deles nas vendas. E do guia também.


Mas voltando às viagens internacionais e aos inconvenientes, comento que sob o ponto de vista de cumprimento de horário tal fato nunca foi problema para mim. Antes pelo contrário, sou apologista de pontualidade. Quanto a programas talvez menos interessantes a solução era não fazer o passeio, e fazer outra coisa a sua absoluta escolha. Usar da operadora apenas o que interessava.


Bem, meu agente de viagens, há alguns anos, me apresentou a outra operadora que trabalha nos moldes da Soletur, tendo inclusive contratado os ex-guias desta, que se constituíram em cooperativa. São profissionais educados, prestativos e que conhecem razoavelmente  bem a região onde atuam.

Relógio astronômico,
em Praga
 Em Praga, acomanhei a dedicação e atenção do guia, quando um dos membros do grupo de turistas, advogado conceituado em Porto Alegre, se acidentou, escorregando na banheira do hotel, e foi o guia que o socorreu, levou ao hospital acionou o seguro–saúde e resolveu toda a burocracia no hospital. Houve fratura no braço.

Você há de dizer que o hotel faria a mesma coisa. Será? Em primeiro lugar tem a questão do idioma, e depois o acidentado se sentiria mais confiante com a retaguarda da operadora para eventualidades.


A operadora que, para mim, substituiu a Soletur, é a Queensberry, que edita revista com os roteiros semelhantes aos da Soletur, ficou com os guias  e mesma filosofia de trabalho.

Fotos: Google imagens

28 de julho de 2011

Viagens pelo interior de Minas Gerais

Encerro o ciclo de viagens a trabalho, ou não, com Minas Gerais . Por certo a amiga Esther Bittencourt, que mora em Caxambú, ficará zangada com minha observação sobre o estado de abandono da cidade.  Perdão!
 
Museu Mariano Procópio


Minha primeira viagem a cidades do Estado de Minas Gerais foi à Juiz de Fora. Até já narrei neste espaço, em antigo post, minhas aventuras na Manchester Mineira.

Lá o logradouro que não se chamava Halfeld, chamava-se Mariano Procópio.


Rua Halfeld
 Fui acompanhando meu falecido amigo João Bazhuni, que foi comprar artigos (principalmente meias), nas indústrias locais, para abastecer a loja que a família dele possuia em Niterói.

Parque das àguas
em São Lourenço

Estação em
 São Lourenço

Alguns anos mais tarde viajei para São Lourenço, no circuito das águas minerais, viagem que repeti recentemente, estendendo o passeio até Caxambú.

Como não poderia adeixar de ser comi muito doce de laite e alguns pratos da cozinha mineira tradicional, como leitão pururuca.


Trem no percurso
São Lourenço- Soledade

Estação em
Soledade de Minas
São Lourenço mudou muito, cresceu e de certo modo se modernizou. Quando da primeira viagem, há mais de 50 anos, não havia estação rodoviária, hoje localizada fora do centro da cidade. E o próprio Parque das Águas mudou bastante. Aproveitei para matar a saudade de trem e fiz o percurso até Soledade de Minas, no maria fumaça.


Balneário em Caxambú


Parque das Águas
Caxambú
Caxambú foi uma decepção. A cidade me pareceu um pouco abandonada pelas autoridades públicas. Se estiver equivocado me perdoem porque só fiquei na cidade por um dia, e posso ter tido uma falsa impressão. Mas, comparativamente a São Lourenço, está muito atrasada.



Tirante estas viagens de lazer e turismo, conheci as cidades vizinhas de Uberaba e Uberlândia, quando trabalhava na rede de supermercados Superbom, que pertencia ao Grupo Matarrazzo.

A empresa inaugurou lojas, bem modernas para época, nas duas aludidas cidades, causando certo alvoroço, pelo tamanho, iluminação feérica e quantidade de itens na área de vendas. Diria, sem exagerar, que durante algum tempo estas lojas citadas viraram centro das atenções e curiosidade dos moradores.

Tive a oportunidade de comparecer a uma Exposição de Gado, em Uberaba, quando pela primeira vez me vi frente a frente com animais realmente fantásticos, premiados em suas raças e de altíssimo valor comercial.


Tiradentes
Falta agora visitar, o que venho planejando e postergando há muito tempo, visitar as cidades históricas de Ouro Preto, Tiradentes, Mariana, Sabará, para conhecer a arte barroca riquíssima naquela região.
Diamantina

Mariana
Meu filho, nora e netos estiveram lá recentemente e voltaram realmente encantados com o que viram em matéria de arte e com a hospitalidade, cordialidade e simpatia do povo local.

Sem contar que ainda poderei fazer uma coisa que muito me agrada, que é fazer um pequeno trajeto de trem, desde Ouro Preto até Mariana.


Trem da Vale, no trajeto Ouro Preto- Mariana

Fogão a lenha

Minha mulher é de Leopoldina, mas saiu de lá tão novinha que não tem lembranças. Todavia, como estamos desistindo de viagens internacionais, longas e com todos os contratempos conhecidos, pode ser que planejemos conhecer a cidade e, quem sabe, ainda encontrar fogões a lenha, para encantamento da Wanda, que já os reproduziu em algumas telas.
 







Fotos: Google imagens;  e trem no trajeto Ouro Preto - Mariana, do acervo de meu filho Jorge.







 




27 de julho de 2011

Viagens pelo interior de São Paulo


Jovem executivo

Ainda por força de deveres profissionais, viajei bastante pelo interior de São Paulo. Ademais disto, como residi  um bom tempo em Ribeirão Preto e São José dos Campos, fiz muitos passeios pelas cidades próximas a estas duas progressistas cidades. 


Canavial
Mangueira
Morando em Ribeirão, por exemplo, conheci Jardinópolis,  cidade voltada para o cultivo de manga, e que dista cerca de 14 Km de Ribeirão. Sertãozinho, que fica praticamenete na região metropolitana, a par de possuir usinas de açúcar e álcool, tem industrias de implementos agrícolas.



Pintado no espeto,
 com pimentão e cebola gratinados


Fui pescar as margens do rio em Pirassununga com meus filhos, então pequenos. Não pescamos coisa alguma, mas comemos bom peixe em restaurante local, na beira do rio. O popular pintado. Em Pirassununga está localizada a Academia da Aeronáutica. Quando fiz prova de ingresso nos quadros da força aérea, a escola de cadetes era em Barbacena. Não fui admitido porque tenho discromatopsia.





Conheci, também porque relativamente próxima de Ribeirão, a cidade de Jaboticabal.

Na fase de São José dos Campos, como não poderia deixar de ser, fui a Jacareí, pequena cidade colada em São José, onde voltei anos depois, para um almoço de aniversário do Dr. Joubert Santos, que tinha lá uma belíssima chácara.

Obviamente, e por diferentes motivos, profissionais ou pessoais, conheci outras cidades daquele trecho do Vale do Paraíba, tais como Taubaté, Caçapava, Pindamonhangaba, Lorena e Aparecida do Norte.

Campos do Jordão
A partir de São José dos Campos tem-se fácil acesso a Campos do Jordão, na serra, e ao litoral sul, onde fomos passear em Ubatuba e Caraguatatuba. Embora já conhecesse estas duas praias paulistas em face de viagem que  fizera voltando de Niterói, para São Paulo, pela Rio-Santos. É um belo litoral, embora a estrada não tivesse infraestrutura (postos de abastecimento, oficinas) nos anos 1970.


São José do Rio Preto

Trabalhando no Grupo Matarazzo, na empresa de supermerados chamada Superbom, como já mencionado em outro post, viajei a serviço pelas cidades de Catanduva, São José do Rio Preto, Rio Claro e Baurú e outras.

Nestas cidades que menionei, o Grupo Matarazzo tinha postos de abastecimento, espécie de cooprativas para venda a empregados (e familiares) das fábricas que possuía naquelas cidades, fossem do ramo textil, alimentício ou químico. Estes postos de abastecimento, mais tarde transformados em lojas abertas ao público em geral, foram o embrião, o ponto de partida para a criação da rede de supermercados.

Guarujá


O litoral norte de São Paulo, conheci em passeio as cidades de Santos, São Vicente e Guarujá, que na época era a Búzios dos paulistas.




Como é fácil constatar, porque estive em Campinas (inclusive na Universidade) e em Americana, onde havia muitas indústrias texteis, posso afirmar que conheço as cidades mais importante do Estado de São Paulo.


Fotos e ilustração do executivo colhidas no Google imagens.

26 de julho de 2011

Viagens pelo interior do Paraná


Jovem executivo

Esta narrativa, na verdade, começa em http://jorgecarrano.blogspot.com/2011/07/os-lugares-por-onde-andei.html , quando comentei minhas viagens decorrentes de  compromissos profissionais.


Por conta de trabalho, viajei um pouco pelo Estado do Paraná, em momentos profissionais e épocas distintas.





Parque Nacional
Vila Velha


Pela Fiat Lux, fabricante de fósforos, conheci a capital, onde certa feita fiquei por duas semanas e, ainda, Piraí do Sul onde era beneficiada a madeira, transformada em palitos e lâminas que eram utilizadas nas caixinhas, que então eram de madeira (muito mais tarde foi adotado o papelão)

Na viagem para Pirai, passei pelo Parque Nacional de Vila Velha, que fica em Ponta Grossa, e que é ponto de atração turística por conta das formações rochosas e outras belezas naturais.


Portal de Santa Felicidade

Quando permaneci em Curitiba, o bairro de Santa Felicidade era, ainda, um incipiente reduto gastronômico, ocupado principalmente por italianos oriundos do Vêneto e de Trento.

Atualmente está consagrado como importante centro gastronômico, possuindo uma quantidade de restaurantes de cozinha italiana, além vinícolas e lojas de artesanato.

Serra do Mar


Paranaguá
Um belo e interessante passeio que fiz num final de semana, foi a viagem de litorina, pela Serra do Mar, no Percurso de Curitiba até Paranaguá.

Lá em Paranaguá comia-se saborosa peixada.


  
Trecho da
Rodovia do Café

Pinus Elliottii
No retorno, por via rodoviária, percorri trecho da Rodovia do Café, como era chamado o trecho entre Paranaguá e Apucarana. A rodovia segue de Apucarana até Curitiba, passando por Ponta Grossa, onde se avistavam belas paisagens de araucárias, arvore nativa da região. A Fiat Lux mantinha reservas florestais com pinus elliottii, madeira cujas características a tornam apropriada para fabricação de fósforos.

Araucárias










Anos depois, já então trabalhando no Grupo Matarazzo, mais especificamente na empresa de supermercados chamada Superbom, depois vendido para o Grupo Pão de Açúcar, viajei para as cidades de Londrina e Maringá, onde foram inauguradas, para a época, modernas lojas tipo hipermercado.

Abaixo outros trechos da ferrovia Curitiba-Paranaguá e aspecto do Parque Nacional de Vila Velha, em Ponta Grossa.

Outro trecho da ferrovia



Litorina no trecho Curitiba-Paranaguá, perto de Morretes



Vila Velha
 







Ilustração do executivo e fotos obtidas no Google imagens