14 de abril de 2013

Hipócritas

Alguns internautas andaram visitando o post a seguir, segundo as estatísticas do blogger (programa gerenciador) http://jorgecarrano.blogspot.com.br/2011/08/comocao-e-indignacao-passageiras-2.html

Isto me remeteu a um tema recorrente. Já escrevi dezenas de cartas para as redações dos jornais (algumas publicadas), no Globo, extinto Jornal do Brasil e O Estado de São Paulo (Estadão). Faço isso pelo menos há 30 anos.

Eis o assunto. Pena de morte.


Os hipócritas são contra a pena de morte. Eles são de diferentes matizes: eclesiásticos, parlamentares, juízes e quejandos. Autoridades de um modo geral. A eles somam-se alguns carolas míopes e inocentes no mais amplo sentido da palavra, tangenciando a tolice. Somados, são minoria.

O povo é a favor. É só fazer plebiscito. Aposto meus testículos (ainda úteis).

Não se trata, no meu caso, de opinião pontual, oportunista, emocional, por causa do brutal assassinato do rapaz na porta de casa, cujas imagens foram divulgadas nos meios de comunicação.

Desde as campanhas do deputado Amaral Neto, cuja bandeira política era a da adoção da pena máxima no Brasil, tenho sido um voto (nas urnas) e voz vencidos.

Não havendo ainda o recurso dos e-mails, quando ele se encontrava  na câmara federal, tribuna de onde poderia defender suas ideias, escrevia cartas para ele louvando a iniciativa.

Desde que me formei sempre que tenho oportunidade manifesto minha opinião, sem receio de criticas, censuras ou rótulos.  Hipócrita não sou.

A pena de morte é perigosa porque alguns inocentes podem ser sacrificados? Paciência, desde que todos os culpados sejam condenados e tenham as penas executadas. A tolerância zero é fundamental.

Para deixar claro, se o preço da eliminação de todos os culpados  é o  eventual sacrifício de alguns poucos inocentes, então que prevaleça o interesse coletivo.

Seria como um estado de necessidade coletivo. Para os leigos esclareço que “estado de necessidade”  é uma causa excludente de criminalidade. Mais informações, se interessar, podem ser obtidas no site cujo link coloco ao final, que pincei na internet como ilustrativo.

Assumo, sem medo de vaias,  vitupérios, criticas ácidas ou até mesmo apedrejamento (virtual), que naquele caso do brasileiro que foi morto pela polícia londrina, no metrô, por causa de suas (his) atitudes suspeitas, lamentei como se lamenta a perda de uma vida, mas entendo o ponto de vista das autoridades britânicas e sobretudo da população londrina, não há como vacilar, contemporizar, arriscar, se há indícios de risco eminente para a população.

Conheci a polícia londrina sem armas, só usavam cassetetes. Mas o atentado terrorista na cidade mudou tudo.

Foi uma lástima e para a família enlutada uma perda irreparável. Mas a atitude do policial e em seguida o apoio mesmo que velado das  autoridades à ação da polícia, deixaram bem claro para candidatos a delinquir que não haveria tolerância. A política de segurança tem que ser dura mesmo. Inflexível.

Ou seja, os bandidos devem pensar muito antes de tentarem algum ato criminoso.

O candidato a parlamentar que quiser meu voto tem que defender com unhas e dentes a implantação da pena de morte. E olha que irei votar espontaneamente já que estou isento pela idade.


Site sobre estado de 

11 comentários:

Gusmão disse...

Também sou a favor para alguns crimes, como estupro seguido de morte (lembra do Maluf? "Estupra, mas não mata"), assassinato de crianças, matar para roubar.
Lógico que com direito a ampla defesa.
Abraços

Jorge Carrano disse...

Gusmão,
Em juridiquês o roubo com assassinato do roubado chama-se latrocínio.
Claro que também não sou favorável a pena de morte para todos os tipos de crime. Como meus leitores são inteligentes, não preciso destacar, por exemplo, que o marido traído que ao invés vender o sofá onde encontrou a mulher com o melhor amigo, matou os dois, ou somente um deles, não deve ser condenado à morte.
Uma severa e justa pena de reclusão seria o suficiente, acho.
E assim outros delitos, como as mortes provocadas por acidentes de trânsito. Mesmo estando o motorista embriagado, a condenação à pena máxima seria um exagero.
Enfim, estou falando dos crimes bárbaros, hediondos.
E volto a firmar, não acho que seja penalização. Prefiro chamar de depuração da sociedade. Não por divergência de raça, credo ou inclinação política, mas por índole perversa, doentia.

Freddy disse...

Por exemplo aqueles envolvidos no desvio das verbas para merenda escolar, insensíveis à fome e miséria de milhares de crianças.

Ou aqueles que assinam reajustes ridículos para aposentadorias e a seguir aprovam aumentos bem maiores para planos de saúde, medicamentos, luz, etc, promovendo um lento genocídio (é a melhor palavra para descrever) da 3ª idade.

8-( Freddy

Riva disse...

Prezado amigo, concordo 1.000% com você, e acescento apenas que enquanto estivermos sob o domínio dos hipócritas e dos que estão legislando em causa própria, deveríamos fazer uma parceria internacional com o IRÃ para julgarem nossos casos mais graves, já que ainda não temos coragem nem meios de fazê-lo (legalmente).

Eles julgariam os réus, condenavam, executavam, e depois nos remeteriam de volta o que sobrasse deles.

#prontofalei

Ana Maria disse...

Sou contra a pena de morte por diversos motivos. Por convicção religiosa, por não acreditar que o justo deve pagar pelo pecador, e finalmente por não acreditar na deficiência visual da Justiça.
Tenho uma solução que beira a ficção científica. Um presídio numa ilha, onde os condenados por crimes hediondos seriam confinados. Sem guardas. Monitorados por satélite. Fornecidas apenas sementes e mudas, e uma vez por mes alimentos poderiam ser atirados por uma aeronave. Tipo Lost. Eles que se virassem .
E os outros criminosos, condenados a serviços forçados. Quem não trabalhar não come. Simples assim.

Jorge Carrano disse...

Inocentes pagam, diariamente, em mesas de operação e UTIs de hospitais, por erros médicos ou até mesmo por decisão consciente de médicos que se arvoram o direito de decidir quem deve morrer e quem deve viver e fica por isso mesmo.

Quero saber quem, diante de um crime brutal, hediondo, nunca pensou sequer que o assassino não faria nenhuma falta a sociedade? Eu falo e escrevo, além de pensar.Religião? Faça-me um favo! Se Deus fosse contra a pena de morte não teria deixado seu filho ser crucificado.
E não teria condenado os habitantes de Sodoma e Gomorra impiedosamente, sem distinção entre culpados e inocentes matando a todos, inclusive as crianças.
Ah! Dirão: é simples relato bíblico. E Deus não é?

Gusmão disse...

As penas sugeridas por Ana Maria, serviriam para o crime mencionado pelo Carlos Frederico, desvio de verbas públicas.
Para os crimes de pais que matam filhos e filhos que matam os pais, pela herança, e você sabem quais são os crimes de que estou falando, uma injeção letal seria o mais indicado.
Abraços

Ana Maria disse...

Vcs querem pena pior que ficar numa ilha sem conforto, brigando por comida, sofrendo dores tais quais as infringidas?

Jorge Carrano disse...

Ana Maria,
Que sadismo, querer que as pessoas não tenham comida, ou briguem por ela, e sofram dores. Não esperava isso de você (rs).
Bj.

Freddy disse...

Eu não optaria por uma ilha deserta, eu condenaria mesmo à morte os casos hediondos. No entanto, para os criminosos comuns, sou a favor de presídios no meio da floresta amazônica, um monte deles. Os presos seriam obrigados a trabalhar para se sustentar. Nada de celular, isolamento total com visitas periódicas (as famílias deles que pagassem, nada de bolsa-ladrão).
Bolas, tudo isso é fantasia.
Estamos no Brasil.
=8-(
Freddy

Ana Maria disse...

Apenas dou a esses seres inumanos, responsáveis por crimes hediondos, o direito de lutar pela vida.